Há dez anos, Henrique Fogaça pegou o dinheiro do seguro de um carro com perda total, pegou emprestado mais um pouco do pai, raspou as economias que tinha. Comprou um fogão, um balcão, duas mesas, algumas cadeiras. Tudo de segunda mão. Deu uma improvisada aqui, outra ali, e abriu as portas do Sal Gastronomia, em São Paulo.
Agora, com o sucesso da segunda temporada do MasterChef, o reality de gastronomia do qual é um dos jurados e que foi a maior audiência da TV Bandeirantes em 2015, o esforço de conseguir uma mesa é proporcional ao sucesso e à fama do homem mais tatuado da TV aberta brasileira. “Semana passada, eu estava em uma praia no Ceará. De repente, ‘MasterChef! MasterChef!’, aparece um cara gritando. Ele contou que mora em uma cidade com uma única TV, que fica na pracinha, e a cidade inteira vai assistir ao programa. Ele falava: ‘Você é um ídolo para todo mundo lá!’”, conta o premiado em Gastronomia no Men of the Year 2015.
Se a aparência pode levantar algum esteriótipo de agressivo ou durão, o chef faz questão que quebrá-lo. "Não sou grosseiro, sou justo na minha avaliação. Sou um cara muito emotivo, me sensibilizo com as coisas. Talvez, no programa, eu consiga controlar melhor as minhas emoções."
Henrique Fogaça, de 41 anos, o caçula de três irmãos piracicabanos, foi dueles garotos que como eu amavam Iron Maiden e AC/DC. Que por causa da música chegou ao skate e às tatuagens, que hoje lhe cobrem quase todo o corpo. Que aprendeu a cozinhar porque não aguentava mais comer comida congelada quando chegava em casa depois de um enfastiante dia de trabalho no banco.
De voz grave, com um certo sotaque do interior, ele ainda é vocalista da banda de hardcore Oitão. No palco, é agressivo, caminha de cabeça baixa, mãos cerradas e usa a garganta como se fosse um pedal de distorção, manifestando todo o seu ódio contra o sistema. “Meu lifestyle, minha personalidade, minha forma de pensar são totalmente influenciados pelo rock.” A cozinha também? “Tudo que eu faço.”
By: Érika
@ErikaDeDeus93
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